domingo, 29 de setembro de 2013

Ela está sempre falando em saudade e eu sempre estou respirando meu orgulho.

A constelação está ao contrário. Acredite se quiser.
Eu sou tão distraída ou tão imbecil que, quando algo está na minha cara, eu não vejo. Depois de um tempo eu paro de olhar pro que está preso no mural. Parei de olhar pras estrelas do teto. Agora só deito e durmo. Estou sempre cansada demais para pensar.
Todas as estrelas se apagaram, só tinha sobrado aquela, bem pequena, que ligava tudo. Mas daí ela virou vento.

Não estou reclamando, já reclamei demais. Do vento, da escola, da rotina, das obrigações sem sentido, não poder ler tudo o que quero. Estou tentando parar com isso, de reclamar de tudo. Eu preciso é sossegar e me entender para tentar mudar tudo isso.

Preciso responder algumas pessoas. Mudar o mural. Comprar mais estrelas para colar lá em cima.

Ela bateu tanto, mas tanto na minha porta, querendo saber de mim. Eu nunca abri. Agora, por mais curiosa que esteja, cansou de tentar. E eu ainda não encostei na maçaneta.

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