segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Eu sou o contexto.

Pelo menos nesse instante meu quarto é uma poesia.
Tem aquelas luzes natalinas nas paredes. Não acendi as que iluminam meus livros.
Minha irmã me deu seus livros antigos, que estão em caixas abertas no chão. Acendi uma vela. Silverchair toca sobre sonhos suicídas e eu não quero dormir na minha cama, nem na de ninguém. E não tenho certeza se quero acordar, mas não pelo desejo de morrer, se é que isso faz sentido.

Barulho de mar, vento forte e fresco no rosto, dedos que procuram a parte certa da grama para se arrancar com um pequeno prazer delicioso. Essas são minhas vontades mais fortes do que dormir e estão todas dançando nesse quarto, tornando ele como é.

Tudo dizendo que não tenho jeito mesmo, que sou uma sonhadora que não é desse mundo e que jamais vou achar meu lugar. Pois ele não existe. Tudo que vejo eu que me obriguei a criar.

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