domingo, 4 de novembro de 2012

Como vim parar aqui?

Hoje eu posto de um lugar diferente, sem um pedacinho do meu corpo e com pedaço da minha alma igualmente rompida. Agora é diferente e as coisas só ganham significado quando eu as trago para cá.

Também quero dizer antes de começar, que hoje escrevo sem ler nada do que é dele.



"Como saber se tenho um sangramento interno?"
"Dá para sentir", ele respondeu.

Não, não estou sangrando. É só que hoje uma lembrança do que era ele voltou. Eu tive vontade de vê-lo mais uma vez. Mas já passou. Eu pensei que meu antigo sangramento não ia parar nunca, mas parou. O dele nunca para de sangrar. Eu sabia fazer minha dor passar. Ele nunca vai achar a própria resposta. Só ele existe.

Sou meus próprios bocejos cansados e preguiçosos. Continuo lamentando quando acordo, e isso é até certo ponto, preocupante. Mas nada realmente importa. Perto da imensidão do universo, faz realmente diferença se eu levantar daqui ou não?

Tenho alguns ataques muito curtos de pânico quando vejo que não sei o que será de mim. Não sei se realmente é pânico, pois dura segundos. Mas em mim não passa tão fácil.

Agora é diferente. Eu não sei se sangro, porque não dói mais (será?). Agora é diferente. Os livros fizeram de mim algo muito outro do que eu era. Até meu amor por livros mudou. Porque até o amor dentro de mim, mudou.

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