quinta-feira, 21 de novembro de 2013

 Esse não é um post de verdade, é uma satisfação. Porque hoje alguém veio me perguntar o que eu tinha e minha resposta foi um choro.
 As pessoas têm dito que ando estranha e às vezes triste, mas não é verdade. Seja lá quem esteja lendo isso, saiba que estou sendo verdadeira. Tenho ficado confortável perto de pouquíssimas pessoas, é verdade, mas são elas quem eu procuro.

 Eu não sei por que tenho tido esses surtos. Eu percebi sim que estou ficando distante e sozinha, não preciso que me digam isso. Minha pessoa no meio de muitas, tecnicamente tem sido o mesmo que surtar, ter um nojo absurdo e um pouco de ódio. Tenho detestado coisas minúsculas.
 Detesto que falem comigo, que me encostem, detesto ouvir muitas risadas ou ver muita gente agitada. E é por isso que preferi mudar pro longe. É por isso que nunca respondo.
 Já tive raiva de quem me machucou e também já tive pena de mim por todos que têm me abandonado. Todos os ingratos que perdoei mas nunca esqueci; e também de todos os coitados que foram por minha culpa. Mas agora não tenho dó, não tenho pena, não tenho rancor nenhum, nem culpa, nem nada.
 Só odeio que tenham pena de mim. Odeio dramas imbecis e é por isso que guardei essas palavras por tanto tempo, apesar de meu corpo estar enviando essa mensagem há meses.
 Odeio que venham xeretar minha dor, não para me ajudar ou porque é meu amigo, mas "só para saber" ou porque se identificou com meu pesar.
 Não quero ajuda de ninguém, muito menos de quem colaborou para que eu esteja assim.
 Eu já sei que estou doente e já estou procurando a cura sozinha.